Entenda o que é atuária e os temas relacionados a essa ciência
A CIÊNCIA ATUARIAL É A CIÊNCIA DAS TÉCNICAS ESPECÍFICAS DE ANÁLISE DE RISCO E EXPECTATIVAS, PRINCIPALMENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÃO
Atuária - o que é isso?
A ciência atuarial é a ciência das técnicas específicas de análise de risco e expectativas, principalmente na administração de seguros e fundos de pensão. Esta ciência aplica conhecimentos específicos das
matemáticas estatística e financeira.
Mesmo parecendo uma ciência recente, as origens da atuária (nome pela qual também é conhecida)
remontam às primeiras preocupações em se criarem garantias aos indivíduos de uma sociedade e em se
estudar quantidades de nascimento e morte das pessoas
Um pouco da história
No século XVII, na Inglaterra e na Holanda, as coroas empenhavam-se em vender aos seus súditos títulos públicos que asseguravam ao tomador a percepção de uma renda vitalícia. Assim, foi necessário
determinar com a maior precisão a importância em dinheiro que deveria ser cobrada em contraprestação ao serviço, para que não houvesse prejuízo à coroa, trabalho destinado aos melhores matemáticos da época.
Desse desafio nasceu, na Inglaterra do final da primeira metade do século XIX a ciência atuarial moderna,
e destinava-se às áreas de pensão e aposentadoria, basicamente com o objetivo de estudar a mortalidade da população. Isso só foi possível com o advento do cálculo da probabilidade de Pascal, no final da primeira metade do século XIX, na Inglaterra.
Fonte: Wikipedia
O Atuário
O atuário é o profissional responsável pelo estudo, análise e quantificação dos riscos atuariais nos planos de benefícios administrados pela EFPC, desenvolvendo modelos matemáticos e estatísticos para avaliar a implicação financeira de eventos futuros e incertos relacionados aos planos. O atuário realiza o cálculo das reservas matemáticas e do custo dos planos, determinando o fluxo de recursos necessários para garantia de sua liquidez, equilíbrio e solvência.
Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de benefício definido (BD) e
contribuição variável (CV), a elevação da expectativa de vida implica a elevação dos compromissos assumidos pelo plano, podendo resultar em desequilíbrios financeiros e atuariais.
Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de contribuição definida (CD), o aumento na sobrevida dos participantes pode resultar em esgotamento prematuro de suas reservas individuais ou redução significativa do valor de seus benefícios.
Fonte: Guia Previc de melhores práticas atuariais
Hipóteses ou Premissas Atuariais
Para definir o montante das obrigações de um plano de benefícios e o custo para suportá-las, o atuário - profissional especialista em cálculos matemáticos e estatísticos - adota as chamadas hipóteses ou premissas atuariais.
As hipóteses atuariais têm relação direta com o custo do plano de benefícios e com seu equilíbrio, tendo em vista que uma premissa atuarial equivocada, que não guarda relação com a realidade do plano ou com o contexto em que este se insere, fará com que as obrigações sejam incorretamente avaliadas, ensejando um custeio inadequado do plano e, por consequência, a provável ocorrência de déficit.
As premissas atuariais devem estar em harmonia com a massa de participantes e assistidos do plano de benefícios e, se for o caso, com a política de recursos humanos do patrocinador.
Exemplos de hipóteses atuariais:
Premissas Biométricas
As Tábuas Biométricas são instrumentos destinados a medir as probabilidades de sobrevivência, morte, morbidez e higidez dos participantes de um plano securitário.
De um modo geral, utilizam-se tábuas para medir a:
- mortalidade geral do grupo;
- mortalidade dos inválidos;
- entrada em invalidez
- rotatividade
Premissas Econômicas
Essas premissas devem balizar prognósticos econômicos prudentemente amparados na matemática econômica e em elementos de econometria de comprovada consistência.
Normalmente são considerados os seguintes fatores:
- inflação de longo prazo;
- ganho real dos investimentos;
- escala de ganhos salariais;
- indexador de benefícios;
- teto de benefício do sistema público;
- custeio administrativo.
Premissas Genéricas ou não econômicas
Essas premissas representam elementos adicionais ao cálculo das reservas matemáticas, e têm extrema importância na composição da gestão de risco do plano.
Normalmente são considerados os seguintes fatores:
- composição familiar;
- idade presumida de aposentadoria;
- idade de entrada no emprego;
- idade de adesão ao sistema público de benefícios;
- opcionais formas de escolha dos benefícios.